O ser revolto,
numa correnteza,
envolve-se de ansiedade,
angústia, incerteza.
A dúvida se instala.
O medo é do tempo
que passa e não fala,
tão veloz quanto o vento.
O corpo tem as marcas
dos anos já vividos,
o ser, porem, renega
os sinais adquiridos
na esperança de reter,
um pouco mais,
a mocidade
para ter, viver, sentir
o que não foi
realidade.
Poema publicado, em 1985, na antologia Em busca de um dia novo ,
Editado pela Federação Baiana de Escritores.